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Aspectos Contábeis e Tributários na pandemia.

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O Brasil enfrenta uma crise econômica e política capaz de testar os mais otimistas dos investidores. Para completar o desafio de sobreviver a 2020 estamos em meio a uma pandemia. Não se sabe exatamente a quanto tempo o vírus começou a circular. A questão é que a pandemia trouxe muitas reflexões sobre como nós nos enxergamos e enxergaremos o mundo.

Se por um lado, há a retração do consumo e da produção de bens e serviços como cinema, serviços de estética, bares e restaurantes, por outro lado há a expansão e consolidação da indústria alimentícia, agropecuária e e-commerce. Tanto os setores que estão em retração quanto os setores que não possuem grandes impactos precisam otimizar mais do que nunca os recursos que possuem e a gestão do caixa da empresa. Gerir caixa quando a empresa está em crescimento econômico e possui liquidez é menos desafiador do que gerir um caixa sem perspectiva de como serão os próximos meses.

Ninguém sabe ao certo quando estaremos livre da pandemia. Também não é possível prever como serão as relações comerciais e de trabalho após esse período. O que se nota é a necessidade urgente de pensar novos caminhos e ferramentas. A discussão deve estar focada em como será a reabertura econômica. Não dá para esperar uma vacina ser testada e aplicada em massa na população. A economia possui um limite em sua elasticidade. Soluções como aquisições de negócios estratégicos, fusões, incorporações e cisões devem ser analisadas pelos gestores das empresas neste momento.

Não é preciso pensar apenas em como gerir o dinheiro, mas também em como conseguir crédito, sem que este crédito possua juros e condições que estrangulem a empresa no médio prazo. Os desafios são enormes. Mas não discuti-los não é uma opção. Será preciso inovar, dividir as responsabilidades e os resultados, sejam eles lucros ou prejuízos.

Com a retração da economia é esperado um menor recolhimento de tributos. Isto fará com que as fiscalizações aumentem e a tolerância do Fisco diminua. Mesmo com o adiamento de alguns tributos, esta situação não poderá permanecer assim por muito tempo. O Estado já vinha enfrentando problemas de caixa e os gastos extraordinários da pandemia estão agravando ainda mais a situação. Alguém precisará pagar esta conta.

O planejamento tributário é uma das ferramentas mais poderosas que a empresa terá para desenhar suas estratégias, seja no aproveitamento de créditos de tributos, na aquisição de outras empresas e no desenvolvimento de novos produtos e serviços. Muitas empresas estão mudando a forma de fazer negócios. Novas plataformas de comunicação estão surgindo, há um aumento na digitalização das empresas. Aumenta também a necessidade de segurança na internet. As empresas analisam o impacto do home office nas suas atividades. Esta forma de trabalhar tem um impacto não apenas previdenciário e trabalhista. Há de se analisar também o impacto contábil e tributário nas empresas. São muitas mudanças, quanto menos tempo para tomar uma decisão temos, menos opções temos também.

Ao mesmo tempo em que não sabemos como tudo será após a quarentena, não dá para esperar a quarentena acabar para começar a definir estratégias, tomar decisões e implementá-las.


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