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Avaliação de ativos

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Os ativos representam o patrimônio bruto da entidade e são compostos pelos bens e direitos que ela possui.

Eles representam a pujança da empresa e tudo o que ela possui, embora não sejam a sua riqueza ou, muito menos, a sua saúde. Esses dois últimos atributos são definidos pelo patrimônio líquido, constituído pela diferença entre os bens e direitos (patrimônio bruto) e as obrigações da empresa. É tudo o que possui, menos tudo o que deve; ou seja, é o que sobra para os seus proprietários; ou seja, a sua verdadeira saúde.

A avaliação dos ativos demonstra o valor real do patrimônio.

Se a empresa possui um patrimônio bruto muito elevado, mas, em contrapartida, tem obrigações com terceiros muito altas, o resultado é um patrimônio líquido pequeno, que pode mesmo chegar a ser negativo se essas obrigações forem maiores do que os bens e direitos.

Essa situação extrema é decorrente de resultados negativos repetitivos das operações, causando prejuízos acumulados consecutivos e consumindo o patrimônio dos proprietários. A persistência dessa situação pode ultrapassar todo o valor dos bens e direitos da empresa e tornar o patrimônio negativo, ou “patrimônio líquido virado”, como é popularmente denominado.

A situação descrita acima pode ser amenizada e ter sua gravidade diminuída se a entidade possuir ativos contabilmente subavaliados, o que pode ser alcançado com a avaliação dos ativos e evidenciado com a divulgação do respectivo laudo nas Notas Explicativas ou no Relatório da Administração, que fazem parte integrante das Demonstrações Financeiras.

Nessa condição, a empresa precisa da injeção de novos recursos para reativar suas atividades ou dar-lhe outro direcionamento.

Mesmo com o patrimônio líquido deteriorado pelo acúmulo de prejuízos constantes, a avaliação dos ativos se constitui em forte e valioso instrumento de convencimento das instituições financeiras para a disponibilização de tais recursos.