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Criatura versus Criador

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Originalmente todos os bens existem na natureza para serem consumidos ou utilizados pelo ser humano, sem qualquer valor monetário.

No início da civilização o homem se dirigia à natureza e recolhia um vegetal, uma caça, ou um peixe para sua alimentação, normalmente ingeridos sem qualquer beneficiamento ou rudimentarmente beneficiado.

O desejo insaciável de consumo e utilização de bens mais elaborados obrigou a humanidade a desenvolver formas de transformar esses bens rudimentares em outros, mais sofisticados.

Essa sofisticação evoluiu, e continua a evoluir, a tal ponto que conseguiu a obtenção de bens de alta tecnologia, tais como foguetes interplanetários, estações espaciais e robôs. Estes últimos ameaçando a atividade econômica da própria humanidade, com a eliminação do emprego.

Será que se alcançará o desenvolvimento de um robô que execute todas as fases de elaboração dos bens, extraindo da natureza, desde os mais brutos, isto é, animais, vegetais e minerais, no estado natural, até os mais sofisticados (os próprios robôs), reduzindo, drasticamente, a utilização do ser humano nos processos produtivos?

Se essa hipótese se concretizar, grande parte da humanidade viverá no ócio total, embora se beneficiando do trabalho desenvolvido por essas máquinas maravilhosas. O que seria das gerações futuras que teriam de suportar a “chatice” de não ter nada para se ocupar, com o robô substituindo a maior parte das atividades hoje executadas pelo homem.

Ufa!!!!!

A criatura substituindo o criador.

Quem mandou usar sua inteligência para criar o algoz que acabou por tornar você um ser insignificante, cuja utilidade ficou grandemente reduzida?

  

livro_renedutra(*) Professor e autor do livro “Custos: uma abordagem prática”, 8ª ed, Editora Atlas. Consultor responsável pela implantação de controle e gerenciamento de custos e avaliação e gerenciamento de ativos.

  

  

  

  


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