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O que os profissionais contábeis devem esperar de 2015

O QUE OS PROFISSIONAIS CONTÁBEIS DEVEM ESPERAR DE 2015

O setor tributário sempre foi considerado um terreno arenoso por muitos contribuintes e profissionais contábeis no Brasil. Um emaranhado de leis, órgãos fiscais e tributos intimidam os contribuintes, estes se sentem perdidos, sem saber o que fazer e se o que está sendo feito é o correto. Apesar de muitas consultorias oferecerem a chave do sucesso, é inegável para os mais experientes, que desenvolver metas para o setor vai muito além de planilhas e frases de efeito.

Não há uma receita que, se aplicada à risca, funcione para todas as empresas. O dito popular de que “cada caso é um caso” não é um contrassenso. A contabilidade, de uma forma geral, está forçando o profissional contábil a conhecer o negócio, interagir com outros setores, entender o que está sendo vendido. E quando isto é feito, percebe-se a particularidade de cada empresa. Neste momento de tantas mudanças é preciso participar das decisões estratégicas da empresa, conhecer suas metas, entender o impacto na contabilidade e no setor fiscal. Afinal, nossa carga tributária não é uma das menores do mundo.

Os sinais de que o perfil do profissional contábil está mudando estão por todo o lado. No ano de 2014, o mercado viu a consolidação do SPED – Sistema Público de Escrituração Fiscal, a introdução da Lei 12.973, a entrada de outras atividades de serviços no Simples Nacional e a possibilidade de as empresas parcelarem seus débitos federais, estaduais e municipais. São mudanças que alteram a rotina de empresas de pequeno, médio e grande porte, independente da atividade e da fatia que possui no mercado.

A Lei 12.973, por exemplo, foi comparada pelos profissionais com mais tempo de atividade com a implementação da Lei 6.404/76, que alterou profundamente a contabilidade naquela época. Essas mudanças forçam o aprendizado e a necessidade de atualização. Outro fato que nota-se, é a introdução de sistemas cada vez mais completos e complexos que estimulam o desenvolvimento do profissional contábil na área de sistemas, mesmo que aquele não entenda as competências destes como parte essencial de seu trabalho.

Destaca-se também que a integração dos diversos setores da empresa está acontecendo de forma simultânea e as informações resultantes desta integração sendo enviadas para o FISCO. Para um melhor desempenho algumas medidas podem ser consideradas pela empresa, tais como: otimização do tempo, planejamento estratégico, investimento em sistemas, capacitação das equipes e incentivo a interação com os demais setores da empresa.

Aliado a isso a empresa deve estar ciente que, por mais detalhados que sejam os projetos, não é possível eliminar todas as incertezas ao longo do caminho, que é necessário analisar o cenário, ser flexível e corrigir os meios pelos quais pretende atingir o fim. Outros pontos poderiam ser destacados e considerados pelas empresas. Mas o objetivo deste artigo é contribuir e incentivar a mudança de pensamento dos profissionais contábeis para que olhem a sua profissão e a empresa em que trabalham com outras perspectivas.

Para 2015 espera-se a revisão das tabelas do Simples Nacional, a transmissão pela primeira vez da Escrituração Contábil Fiscal – ECF substituindo a DIPJ, a transmissão do SPED Contábil pelas empresas de lucro presumido e isentas e imunes, somente as que transmitem o SPED Contribuições, e a auditoria das empresas de capital fechado de acordo com a Lei 11.638/2007.

Enfim, os profissionais e gestores deverão estabelecer prioridades para o ano de 2015 e não retardar decisões. Será um ano de implementação de mudanças, desafios profissionais e de crescimento pessoal e profissional.

Feliz 2015!