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Os 8 P’s da Governança Corporativa.

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Há alguns meses foi a um seminário em que mencionavam os 8 P’s da governança corporativa. As empresas atualmente têm procurado manter a competitividade, realizar planejamentos estratégicos e é cada vez mais importante a qualificação dos profissionais para atuar neste mercado tão volátil. Porém, mais do que isso, as empresas querem mostrar transparência ao que fazem e aderências às leis e normas vigentes não só no Brasil.

Creio que com este movimento todos ganham. Os profissionais se qualificam e trabalham em uma instituição onde há equidade, prestação de contas, transparência e responsabilidade corporativa. Em contrapartida, se qualificam para atender a esta demanda aumentando o prestígio e respeito da profissão.

Porém, quais seriam estes 8 P’s que auxiliam as práticas de governança corporativa? Estes P’s não estão elencados por ordem de importância, pois todos se complementam.

Propriedade – Qual é a estrutura de capital da instituição? Conhecer o equilíbrio entre capital próprio e de terceiros é fundamental para as análises de alavancagem e as informações que são comunicadas ao mercado. Esta estrutura sinaliza para o mercado a situação e objetivos da instituição.

Princípios – Estes são fundamentais para mostrar para a sociedade quais princípios regem a instituição. Seria um conflito grande trabalhar em uma instituição que não tivesse a transparência como um princípio de gestão, se o profissional mantém este como um princípio pessoal. Da mesma forma, as instituições buscam profissionais que atendam aos seus próprios princípios não sendo verificada apenas a técnica.

Propósito – Por que esta instituição existe? Qual é a sua contribuição para o mundo? O propósito está alinhado com os princípios e valores que a instituição deseja apresentar para a sociedade. É a missão, visão e valores que irão determinar as estratégias para alcançar os objetivos.

Papel – Cada pessoa dentro da instituição sabe qual é a sua função? Esta função está de acordo com o cargo concedido? Os papéis devem estar claros e não devem ser confundidos ou fundidos. Por exemplo, quem controla não executa a função que controla.

Poder – É fundamental em uma sociedade saudável que os poderes sejam exercidos de forma ética, neutra e sem benefício próprio. O poder, por menor que seja, deverá servir a um propósito maior que é o desenvolvimento e bem estar na instituição e da sociedade. Uma instituição não está ilhada, ela está constituída dentro da sociedade e se relaciona com ela.

Pessoas – As pessoas estão satisfeitas na instituição? Como está o ambiente? Por mais que haja desenvolvimento e qualificação da mão de obra, o ser humano ainda é a razão da vida em sociedade. A tecnologia é feita por humanos para humanos. Não se pode perder o senso de humanidade no meio do caminho, para que o propósito não se perca.

Práticas – A instituição utiliza boas práticas de governança? O desenvolvimento e revisão constantes destas práticas tornam as instituições mais fortes. As práticas precisam ser claras, documentadas e utilizadas por todas as pessoas em todos os níveis da organização.

Perpetuidade – O que a instituição pode fazer para continuar existindo? A perenidade de uma instituição não é obra do acaso ou mera sorte. É necessário que haja planejamento de curto, médio e longo prazo.

Todas estas práticas têm como objetivo principal o desenvolvimento e a perenidade das organizações.


A Lopes, Machado Auditores não se responsabiliza, nem de forma individual, nem de forma solidária, pelas opiniões, idéias e conceitos emitidos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seu(s) autor(es).